Capitão América 3: Guerra Civil, vai muito além de um guerra politica, é uma guerra moral

No mais recente filme da franquia do Capitão América vemos nossos heróis favoritos numa luta interna entre os conflitos dos danos causados a sociedade em todas as vezes que "salvaram" o mundo, o filme apresenta um enredo bem encaixado que nos faz questionar as atitudes dos nossos heróis. Colocando em confronto as mortes causadas todas as vezes que batalharam, o filme segue com a problemática em torno do acordo de Sokovia que pode controlar os heróis evitando mortes nos combates. Diante da questão "assinar ou não o acordo de Sokovia" vemos os valores colocados em debate, fazendo com que os nossos heróis se coloquem em lados diferentes.

Diferente dos outros longas - Capitão América: O primeiro vingador; e Capitão América 2: O soldado invernal -  vemos uma carga emotiva muito mais forte nesse filme, onde conhecemos fatores cruciais da vida de Tony Stark ( Robert Downey, Jr ) que trazem o desenrolar do filme, e também é apresentado aos telespectadores o processo de "controle" do soldado invernal ( Sebastian Stan) e seus problemas do passado.

Capitão América 3: Guerra Civil, pode ser considerado um novo "Vingadores", uma vez que vemos uma reunião dos heróis, mas sem perder as características tipicas dos filmes do Capitão América. Mas uma vez vemos Steve Rogers (Chris Evans) mostrando sua lealdade ao seu velho amigo Bucky (Sebastian Stan) nos emocionando a cada cena mas permanecendo com a postura de soldado, questionando e confrontando os problemas.

O que faltou nos outros dois filmes do Capitão América, fizeram parte do mais novo filme, tornando ele o melhor filme da franquia (até agora). Com cenas de humor no tom certo, bastante ação desde a primeira cena, o filme faz o telespectador vibrar a cada instante, e se emocionar em exatos momentos.

O jogo criado pelo Helmut Zemo (Daniel Brühl) , traz a ideia central do filme. "Você pode destruir uma sociedade e ela irá se reerguer, mas se você destruir o que sustenta a sociedade ela se transformará em ruínas" E com esse pensamento, é introduzido o clímax do filme: Um confronto inesperado e emocionante.

Em meio a tantas críticas, inclusive no momento da sua aparição, o jovem Tom Holland fez jus ao personagem do Peter Parker, trazendo um Homem Aranha, ágil, cômico e fazendo um par perfeito com o Tony Stark ( Robert Downey, Jr).

Outro personagem que não podíamos deixar de fora foi o Homem formiga (Paul Rudd), que trouxe cenas de humor para o filme e não deixou a desejar na luta. O pantera negra também, impressionou desde sua primeira aparição no filme, tornando-se um personagem, importante e necessário para a historia.

Particularmente, um dos pontos baixos do filme foi a personagem da Viúva Negra (Scarlett Johanson), que sempre foi tão decidida e forte, e nesse filme apresenta uma postura indecisa que passa para o público a mesma indecisão. No incio do longa, a personagem permanece com as características da Viúva Negra, esperta, ágil, forte, mas no decorrer da história a mesma se torna indecisa, sem saber de que lado ela está, fazendo o Tony Stark e o Steve Rogers até mesmo estranharem tal postura. Por um lado ela luta ao lado do Homem de ferro, por outro ajuda o Capitão América e o Soldado invernal. Tanto que a personagem aparece até um momento do filme e depois não se fala mais nela. Desculpa Natasha Romanoff essa não foi a sua vez!

A cena bônus que aparece apos os créditos, mantém a mesma postura do filme, sendo importante e decisória para o futuro. Então se você estiver indo para assistir o filme, por favor não saia quando os créditos estiverem passando.

Reafirmo, que Capitão América 3: Guerra Civil, é o melhor filme da franquia. A Marvel conseguiu realizar a difícil missão de transformar um sucesso de HQ em um dos melhores filmes do ano, até então. O longa, vai muito além de um guerra politica, é uma guerra moral.
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