A mais nova aposta do serviço de streaming é a saudosa "Everything Sucks" totalmente ambienta nos anos 90, mais especificamente em 1996 e se passa na cidade de Boring, localizada em Oregon. Nela dois grupos de nerds (o grupo de vídeo e o grupo de teatro) do ensino médio se juntam para criarem um filme original e assim se tornarem populares na escola Boring e na cidade de mesmo nome (olha a sacada do nome).
É notável e louvável os cuidados em todos os âmbitos para dar ao espectador a real sensação de que ele está nos anos 90, desde os computadores e fitas VHS até as calças de cintura alta e tamagotchis.
A Netflix sabe trabalhar a nostalgia de forma saudável e se prende à diversas formas de associação e apego emocional, o que inclusive funciona muito mais do que a história, que parece confusa em alguns momentos.
Por mais que nos primeiros episódios o romance entre Luke (Jahi Di'Allo Winston) e Kate (Peyton Kennedy) sejam o tema central, descobrimos mais tarde que a real história a ser desenvolvida gira em torno do grupo formado pelos estudantes nerds que procuram realizar um filme que misture duas paixões da época: Ficcção e romance. Apesar da proposta de brincar com a nostalgia, a série debate sobre assuntos necessários que não eram debatidos na esfera dos anos 90, como o descobrimento da Aids e a total falta de informação sobre, e também acerca das próprias descobertas sexuais dos jovens e o quão tabu era a homossexualidade na época (além de nos dar a noção de o quanto o mundo avançou de lá pra cá).
No geral a série peca em alguns momentos mas funciona bastante em vários outros, cumpre a promessa de trazer grande parte dos anos 90 de forma convincente (mesmo apelando em alguns momentos) e apesar de furos no roteiro e repentinas mudanças (que foram sendo consertadas ao longo da temporada) vale muito a pena pra quem quiser voltar 21 anos atrás pelo menos por algumas horas.
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