A família Jackson está dominando a Jukebox Pop, minha gente. Michael chegou bombando e agora abre as portas para a sua irmã, igualmente talentosa e respeitada no mundo da música como uma das mais influentes artistas dos anos 80. Várias pessoas não conhecem (ou não lembram) a importância de Janet Jackson para o desenvolver da música pop e de outros artistas que dominaram e ainda dominam o mercado desde os anos 90, como Britney Spears, Christina Aguilera, Beyoncé e outras.
Começamos com o álbum que mudou radicalmente a carreira da artista e possibilitou sua liberdade enquanto cantora e performer: "Control". Lançado em 04 de fevereiro de 1986, o terceiro álbum da intérprete de "Nasty", é um compilado de ritmos como R&B, funk, disco, rap music, dance, soul, jazz e marcado também por sintetizadores que complementam toda a obra.
Capa do disco "Control" (1986) |
Dito como um grito de liberdade artística e profissional de Janet, Control traz músicas totalmente autobiográficas demonstrando o momento mais decisivo para o impulso da artista ao estrelato da forma que ela queria. Jackson começou seu processo de liberdade demitindo o seu próprio pai, Joseph Jackson - com quem havia lançado dois álbuns até aquele momento, e desligando-se profissionalmente de toda família Jackson para não haver comparações com o seu irmão, Michael.
"Janet Jackson" (1982) e "Dream Street" (1984) - Álbuns lançados por supervisão de Joseph Jackson |
Se nos álbuns anteriores Janet era uma quase como uma sombra do irmão em meio a todo o sucesso que ele fazia (com o álbum Thriller e a turnê Victory com os seus irmãos), após Control a cantora assumiu uma postura totalmente poderosa e, aliada aos produtores Jimmy Jam e Terry Lewis, construiu uma nova identidade ao seu som e ao seu estilo. Músicas de empoderamento feminino aliadas aos passos de dança empolgantes, que continuam como uma grande influência nas performances de novos artistas, levaram-na direto ao sucesso e ao seu reconhecimento como artista pelas grandes mídias.
Dentre todos os assuntos pessoais que inspiraram Janet a esculpir a sua obra, estavam: o término com o cantor James DeBarge, o rompimento de empresariado com o seu pai, Joseph, e a contratação do executivo John McClain para gerenciar a nova fase da sua carreira. Tudo isso, obviamente, deu um resultado surpreendente e Control estreou no topo da Billboard 200 - além do sucesso dos singles divulgados como "What Have You Done for Me Lately", "Nasty", "Let's Wait Awhile" e a própria canção-título.
1. Control:
"Esta é uma história sobre controle/Meu controle/Controle do que eu digo/Controle do que eu faço/E desta vez vou fazer tudo do meu jeito (do meu jeito)/Espero que goste disto tanto quanto eu/Estamos prontos?/Eu estou/Porque tudo isso é sobre controle/E eu tenho muito disso".
Janet já começa a faixa-título com uma introdução poderossísima, com muita confiança e com muito controle (obviamente né). Aqui ela finalmente sai das amarras do pai e da sua família e faz exatamente o que quer para se sentir segura como artista, como cantora e como performer. A canção escrita pela própria, juntamente com Jimmy Jam e Terry Lewis, traz ritmos como dance, R&B e new jack-swing (junção de ritmos da cultura urbana negra) e alcançou o #5 na Billboard Hot 100.
Jackson canta "Quando eu tinha 17 anos/Fazia o que meu pai dizia/E deixava minha mãe me moldar/Mas isso foi a um tempo atrás" numa clara crítica aos atos do seu pai com a sua carreira. Inclusive, o videoclipe da canção começa com personagens representando os pais de Janet e a sua "saída" de casa, libertando-se das amarras de sua família. Logo depois, ela surge triunfante num palco em meios a passos de dança coreografados e com uma energia maravilhosa.
Veja e ouça Janet Jackson tomar o controle da sua vida - se não quiser ver o videoclipe inteiro, passe logo para 2:43):
2. Nasty:
"Nasty", também derivada de ritmos da cultura negra urbana, fez grande sucesso em 1986. Lançada como segundo single do álbum, alcançou o #3 na Billboard Hot 100 e é considerada uma das "canção-assinatura" de Janet. É ouvir e na mesma hora reconhecer a cantora.
Janet critica os assédios que ela e todas as mulheres sofrem nas ruas com as tais "cantadas" que os "caras desagradáveis", como ela mesma chama, fazem.
"Eu só quero um pouco de respeito", ela canta/"Porque privacidade é o meu nome do meio/(...) Não, meu primeiro nome não é 'baby'/É Janet/Senhorita Janet, se você for desagradável".
Inclusive essa parte icônica da canção se tornou um jargão muito usado por mulheres em todo o mundo. No videoclipe, Janet traz de volta a sua grande habilidade na dança e mostra o por que de ser uma das bailarinas mais exímias dos anos 80.
3. What Have You Done for Me Lately:
Esse single você vai reconhecer - é uma das canções mais conhecidas da Janet. Lançada em 13 de janeiro de 1986, "What Have You Done for Me Lately" transmite os sentimentos da cantora sobre o seu ex-marido. Ela descreve suas frustrações no relacionamento falido e questiona "o que você tem feito por mim ultimamente?". A canção, indicada ao Grammy de Melhor Música R&B do Ano, traz novamente o dance pop, o funk e o soul.
Obviamente foi recebida de forma positiva pelos críticos e alcançou o #4 na Billboard Hot 100. Quando eu ouço fico cantando o tempo inteiro o refrão que é MUITO viciante. Você vai concordar comigo quando ouvir. Os "oooh-oooh yeah" pronunciados por Jackson traz uma harmonia maravilhosa. Esse é um dos pontos mais altos do disco e é a partir daí que Janet abandona os seus dias de pop ingênuo e surge como uma mulher independente e poderosa.
Esse single você vai reconhecer - é uma das canções mais conhecidas da Janet. Lançada em 13 de janeiro de 1986, "What Have You Done for Me Lately" transmite os sentimentos da cantora sobre o seu ex-marido. Ela descreve suas frustrações no relacionamento falido e questiona "o que você tem feito por mim ultimamente?". A canção, indicada ao Grammy de Melhor Música R&B do Ano, traz novamente o dance pop, o funk e o soul.
Obviamente foi recebida de forma positiva pelos críticos e alcançou o #4 na Billboard Hot 100. Quando eu ouço fico cantando o tempo inteiro o refrão que é MUITO viciante. Você vai concordar comigo quando ouvir. Os "oooh-oooh yeah" pronunciados por Jackson traz uma harmonia maravilhosa. Esse é um dos pontos mais altos do disco e é a partir daí que Janet abandona os seus dias de pop ingênuo e surge como uma mulher independente e poderosa.
4. You Can Be Mine:
Ok, Janet, já entendemos! Você quer que esse cara seja seu, sim, não precisa repetir. Na verdade é melhor repetir mesmo, assim fica na cabeça esse refrão, que também é o começo da música, o meio da música, o final da música... Enfim, você entendeu.
Janet quer esse cara, e ela passa os cinco minutos e dezesseis segundos da música reafirmando que ele "pode ser dela" se ele for legal, se tiver atitude... "You Can Be Mine" é uma canção engraçadinha e somente isso. Mas também é legal, então ouça.
Ok, Janet, já entendemos! Você quer que esse cara seja seu, sim, não precisa repetir. Na verdade é melhor repetir mesmo, assim fica na cabeça esse refrão, que também é o começo da música, o meio da música, o final da música... Enfim, você entendeu.
Janet quer esse cara, e ela passa os cinco minutos e dezesseis segundos da música reafirmando que ele "pode ser dela" se ele for legal, se tiver atitude... "You Can Be Mine" é uma canção engraçadinha e somente isso. Mas também é legal, então ouça.
5. The Pleasure Principle:
Eu gosto tanto desse single e também do seu videoclipe, principalmente por apresentar Janet dançando sozinha em um tipo de galpão. Observem essas roupas, esse cabelo... Caraca, não tem como ser mais anos 80 que isso!
Capa do single "The Pleasure Principle" (1987) |
Aqui Janet, mais uma vez, toma o controle da relação e se recusa a aceitar um relacionamento totalmente material e sexual sem amor. Como já foi dito anteriormente, Control é sobre empoderamento feminino, ou seja, ser dona da sua própria vida e ser livre para escolher aquilo que quer e é exatamente isso que Jackson faz.
A canção teve pico de #14 na Billboard Hot 100, sendo o primeiro single de Janet - até aquele momento - a não estar no top 10.
6. When I Think of You:
Lançada como terceiro single do álbum, "When I Think of You" fez muito sucesso. Alcançou o número um nas principais listas de músicas dos EUA e #10 no UK. Aqui Janet também explora o house - ritmo que, até então, não havia aparecido no seu disco.
A canção fala liricamente sobre o que Janet sente quando pensa no "crush" dela - pioneira mesmo, ela já sabia exatamente como ser trouxa com o carinha que ela estava afim hahahahah.
É só ler essa letra para saber que Janet vai cair numa roubada com esse crush, hein. Brincadeiras a parte, é uma canção bem leve e até mesmo romântica. Até mesmo eu estou me sentindo apaixonado depois de ouvir essa música. Então ouça logo, não deixe pra depois e se identifique com a Janet:
7. He Doesn't Even Know I'm Alive:
É legal. Sem mais.
8. Let's Wait Awhile:
Em Let's Wait Awhile, Janet fala sobre o "momento certo" para se ter relações sexuais com a pessoa que ela gosta. E por causa do auge da epidemia de AIDS naquele ano, a canção foi ditada por muitos como um hino à abstinência sexual.
O single fez sucesso em todo mundo, alcançando o #2 nas paradas oficiais de música. Aqui no Brasil a canção é extremamente conhecida pelo fato de ter sido incluída na trilha sonora da novela Brega e Chique, da Rede Globo.
9. Funny How Time Flies (When You're Having Fun):
A última música do álbum é também o último single lançado por Janet para promover Control. O single foi lançado somente como promocional no Reino Unido, o que não rendeu posições boas para a música.
Sendo a que menos se destaca no álbum, não foi gravado um videoclipe para a canção. Mas isso não significa que não se deve dar atenção à faixa. A vibe totalmente suave e lenta traz Janet cantando sobre estalinhos e um violão tocado ao fundo. Apesar de ser simples, é uma canção muito bonita e aconchegante.
"Eu queria que você me amasse/Isso se tornou em uma cena muito familiar/Não é a primeira vez que pago o preço/De onde tirou a ideia de possessão material?/Obrigada por ter me levado a lugar algum".
A canção teve pico de #14 na Billboard Hot 100, sendo o primeiro single de Janet - até aquele momento - a não estar no top 10.
6. When I Think of You:
Lançada como terceiro single do álbum, "When I Think of You" fez muito sucesso. Alcançou o número um nas principais listas de músicas dos EUA e #10 no UK. Aqui Janet também explora o house - ritmo que, até então, não havia aparecido no seu disco.
A canção fala liricamente sobre o que Janet sente quando pensa no "crush" dela - pioneira mesmo, ela já sabia exatamente como ser trouxa com o carinha que ela estava afim hahahahah.
"Eu me sinto mais atraída por você/Quando você me envolve em seus braços/E me acaricia/E vai embora, me deixando triste."
É só ler essa letra para saber que Janet vai cair numa roubada com esse crush, hein. Brincadeiras a parte, é uma canção bem leve e até mesmo romântica. Até mesmo eu estou me sentindo apaixonado depois de ouvir essa música. Então ouça logo, não deixe pra depois e se identifique com a Janet:
7. He Doesn't Even Know I'm Alive:
É legal. Sem mais.
8. Let's Wait Awhile:
Em Let's Wait Awhile, Janet fala sobre o "momento certo" para se ter relações sexuais com a pessoa que ela gosta. E por causa do auge da epidemia de AIDS naquele ano, a canção foi ditada por muitos como um hino à abstinência sexual.
O single fez sucesso em todo mundo, alcançando o #2 nas paradas oficiais de música. Aqui no Brasil a canção é extremamente conhecida pelo fato de ter sido incluída na trilha sonora da novela Brega e Chique, da Rede Globo.
9. Funny How Time Flies (When You're Having Fun):
A última música do álbum é também o último single lançado por Janet para promover Control. O single foi lançado somente como promocional no Reino Unido, o que não rendeu posições boas para a música.
Sendo a que menos se destaca no álbum, não foi gravado um videoclipe para a canção. Mas isso não significa que não se deve dar atenção à faixa. A vibe totalmente suave e lenta traz Janet cantando sobre estalinhos e um violão tocado ao fundo. Apesar de ser simples, é uma canção muito bonita e aconchegante.
LEGADO:
Com uma obra prima de libertação e empoderamento feminino, Janet conseguiu alavancar a sua carreira como artista e se destacar na indústria da música. A partir daí, lançou discos como "Janet Jackson's Rhythm Nation 1814" (1989) e "janet." (1990) igualmente icônicos e inspirou uma nova geração de artistas da música pop. Janet, inclusive, é uma das maiores responsáveis pela incorporação de elementos do rhythm & blues e do rap à música pop atual. Control está na lista dos 200 Álbuns Definitivos do Rock and Roll Hall of Fame na posição #87.
Então se você, hoje em dia, ouve Britney Spears, Christina Aguilera, Tinashe, Selena Gomez, Miley Cyrus, Ciara, Jason Derulo, Beyoncé e muitos outros, agradeça aos ensinamentos de Janet Jackson. Lembrando também que Janet continua na ativa: esse ano a cantora lançou o álbum "Unbreakable" que, apesar de não estar sendo tão divulgado nos sites pop's por aí, vem sendo super elogiado pelos críticos e também está em turnê promovendo-o.
E ficamos por aqui com a penúltima review dos anos 80 na Jukebox Pop. Na próxima semana, o maior ícone feminino da música pop estará aqui com um dos seus álbuns mais consagrados e depois, voltaremos aos reviews da década de 2000 e de 2010.
Beijão e até mais!
Jukebox Pop. Onde toca música boa. E velha. ;)
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