Lançado em 2014 nos EUA e apenas este ano no Brasil "Whiplash" recebeu um subtítulo um tanto sugestivo e mastigado "Whiplash - Em busca da perfeição" seria o nome completo da obra aqui no Brasil embora na minha mais analítica percepção o longa ultrapassa qualquer tipo de categoria instalado para ele.
Contando a história do solitário Andrew (Miles Teller), que tem o sonho de se tornar um dos melhores bateristas de sua geração, Whiplash mostra os lados mais sombrios e sonhadores de um adolescente de 19 anos que acaba por conseguir uma chance de mostrar e evoluir seu talento ao entrar na orquestra da melhor escola de música dos Estados Unidos, orquestra essa que é liderada pelo impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher (JK Simmons) que treina seus jovens músicos com técnicas sádicas, tudo para buscar o melhor de cada um deles. Enquanto o filme se desenrola percebemos a ausência de presenças femininas, até que o jovem Andrew começa a namorar com uma garota (que por sinal é a única que aparece no filme) porém, a ambição por se tornar cada vez melhor acaba atrapalhando o relacionamento do jovem que decide se dedicar totalmente á música, aliás ambição poderia ser uma ótima palavra para definir a trajetória do jovem Andrew no filme, a ambição o levou até seu limite e acabou ultrapassando o mesmo várias e várias vezes, tudo para tentar tornar o sonho dele em realidade.
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Whiplash está concorrendo á categoria de melhor filme no Oscar |
Miles Teller pode ser conhecido por outros filmes como "Divergente" e "Projeto X", mas enquanto assistia Whiplash pude prestar atenção em quanto ele se dedicou para o papel, podendo afirmar que hoje ele é um dos mais interessantes atores dessa nova safra/geração. Também sobram elogios para JK Simmons onde é notável a sua entrega para o papel e a evolução do mesmo ao decorrer do filme juntamente com seus pupilos. Não existe espaço para outros personagens, Teller e Simmons transformaram seus personagens em únicos protagonistas e antagonistas deles mesmos, os momentos de tensão vividos pelos dois só reafirmam que nenhum outro personagem do filme teve sequer algum momento parecido como o de qualquer um dos dois em alguma cena.
E o que mais não pode faltar em um drama musical? Música! E esta por sua vez é um dos pontos altos do filme. Com uma trilha sonora invejável e criativa você vai querer ouvir até os créditos finais, o que não impressiona já que se trata de um filme sobre jazz.
Cheio de momentos de tensão e cheio de talentos natos para a música "Whiplash" foi dirigido por
Damien Chazelle e pode-se dizer que esta é a obra mais completa e apaixonante dele. E na minha humilde opinião se você está precisando reafirmar sua concepções e ambições este é um ótimo começo para o trabalho duro que está por vir.
Lucas Mascarenhas
ótima resenha! Passou exatamente o que eu senti quando assisti este filme.
ResponderExcluirEsse filme é realmente muito bom!
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