Crédito André Feltes - Agência Preview |
Após 16 anos como integrante de uma banda – NX Zero - que
lançou sete discos de sucesso, 16 hits, quatro DVDs e até ser considerado o
melhor cantor do país no Prêmio Multishow em 2011, os ingredientes todos
apontavam para um mundo completamente diferente para Di Ferrero em seu show no
tradicional Planeta Atlântida, que aconteceu neste final de semana, na Praia de
Atlântida (RS). Mas não. O caminho que ele começou a percorrer já se desenha
desde antes até de o grupo que o fez famoso resolvesse dar um tempo.
“O Planeta (Atlântida) é o palco ideal. Já tinha tocado seis
vezes lá, conheço, morei até no Sul e me senti super seguro”, conta o cantor,
que agora faz parte do casting de artistas da Agência de Música, que conta
também com Maria Rita, IZA, Mallu Magalhães e Marcelo Camelo.
Di se apresentou em formato completamente inovador, para
quem estava acostumado a vê-lo conduzir o público com o microfone nas mãos. A
vertente de suas novas composições trafega tanto pelos beats eletrônicos quanto
pelo R&B e ritmos mais brasileiros, o que o levou a montar uma formação
enxuta – Douglas Moda na bateria e Rafael Mimi se dividindo entre guitarra,
baixo, piano e o que mais a música pedir. Di também empunha violão, guitarra
quando preciso e a modulação varia desde apropriada para performance acústica
passando por power trio até um composto eletrônico, na linha de um Daft Punk.
Crédito André Feltes - Agência Preview |
“Foi uma busca que as próprias composições iam pedindo. Tem
bastante coisa com beats eletrônicos mas também muito orgânico, como eu estava
acostumado a fazer”, diz Di, que tem no currículo hits eleitos 7 vezes a música
mais tocada no país.
O repertório vem sendo montado desde antes de o NX Zero
anunciar a interrupção da banda, já que os integrantes começaram a cogitar a
ideia previamente à oficialização. Isso abriu espaço para que Di começasse a
pensar de maneira contemporânea o caminho que queria seguir musicalmente – o
crossover de eletrônico com orgânico, a nova roupagem a composições de sua
época de banda e até mesmo visualmente, cenário e clipes, já que o áudio é cada
vez mais unha e carne com o visual na proliferação de vídeos.
Além do repertório inédito, entre as músicas da época de NX,
tocou versões de “Só Rezo”, “Cedo ou Tarde” e “Razões e Emoções” (“quando
fazemos acústica e emenda com o que der na telha”, brinca), além de covers de
grupos como Police. Di também contou com a participação especial da cantora IZA
e do rapper Rael.
Crédito André Feltes - Agência Preview |
“Estou me sentindo renascido nessa nova fase, com um frio na
barriga que não sentia há muito tempo. Um frio bom na barriga. Antes eu dividia
a responsabilidade; agora é meu nome, tudo comigo. E isso tem sido uma
gasolina”, conclui.
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