Mulher, negra, de favela que não
se importa com os padrões físicos e de beleza impostos pela sociedade misógina
e industrial e não tem papas na língua, Mc Carol vem ganhando um significante espaço
no mundo do funk, sendo reconhecida, respeitada e elogiada por grandes nomes da
música popular brasileira.
Com um discurso feminista e de
grande impacto social, a cantora traz em suas músicas pensamentos e
acontecimentos do seu cotidiano nas favelas niteroiense e de sua convivência e interação
com homens que até tempos atrás lideravam o espaço do mercado do funk
brasileiro.
Mulher Filé, Mary Silvestre, Tati Quebra Barraco, Mc Carol, Mc Sabrina e Karol Ka na festa de lançamento do reality show Lucky Ladies da Fox Life em 2015
Mas não podemos deixar de citar uma
das primeiras mulheres que levantaram a bandeira da identidade feminina no
gênero textual e musical do funk, dando exemplo e força para as demais artistas
que almejavam um lugar nos bailes funks da comunidade que moravam. Estamos
falando da influente Tati Quebra Barraco, que no ano 2000 apresentava Hits
chicletes e espojados, visto por alguns como ofensa e perturbação da moral, mas
por outro lado alcançava um sucesso inesperado, chegando a vender milhares de cópias
de seu disco. Em seguida outras cantoras de funk surgiram, como a Valesca Popozuda
na época integrante do grupo Gaiola das Popozudas, MC Pocahontas, Ludmilla, Anitta,
Carol Conka entre outros nomes de funkeiras que apresentam seu trabalho
exaltando o papel da mulher no funk.
Hoje, sustentada por uma voz
grave e de grande vibração temos a Mc Carol como face do funk feminino. Fazendo
com que seu namorado otário lave suas calcinhas, batendo uma onda forte e afirmando
que não foi Cabral. Dessa forma descontraída e por sua vez militante, a Mc se utiliza
desse gênero progressivo e popularpara
expor de uma forma prazerosa, livre e criativa o poder que as mulheres possuem
seja na atitude ou na voz para gritar e mostrar que vai ter mulher no funk
S.I.M
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