Depois de um longo tempo em hiatus, we're back bitches! E com uma grande ajuda da maior cantora pop do mundo e, sim, você a conhece. Não tem como não conhecer Madonna Louise Veronica Ciccone: cantora, compositora, performer, atriz, escritora, dançarina, empresária, mãe e nascida em 18 de agosto de 1958. Você deve conhece-la simplesmente por Madonna, a rainha do pop.
Falar sobre qualquer disco de Madonna é um pouco complicado quando a artista é um verdadeiro camaleão em suas eras e isso é totalmente percebido em suas canções. Madge construiu um legado tão grande, com discos tão incríveis que é meio impossível falar de um só. E é justamente por isso que escolhi a coletânea mais vendida mundialmente: The Immaculate Collection.
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1990 - Madonna by Herb Ritts for Immaculate Collection Album Promo |
Depois de estrelar o filme "Dick Tracy", no papel de Breathless Mahoney; lançar um dos hinos mais memoráveis do pop - Vogue - e lançar-se na estrada com a turnê mais bem sucedida de 1990, a Blond Ambition World Tour; o que faltava mais para consagrar e celebrar quase uma década de puro sucesso: uma coletânea relembrando os hits e com novas canções.
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1990 - Madonna by Herb Ritts for Immaculate Collection Album Promo |
Lançada em 9 de novembro de 1990, The Immaculate não perde fôlego em nenhum momento. É hit atrás de hit. Com gravações desde o comecinho de carreira da Rainha em 1983 até o lançamento de Vogue em 1990, TIC é um deleite para qualquer grande apreciador de música pop. Até mesmo quem não é fã de Madonna pode ouvir sem preocupar-se com julgamentos.

O disco abre com o primeiro single de sucesso da cantora, Holiday. Lançada em 7 de setembro de 1983, a canção fez sucesso nas pistas de dança e discotecas. Madonna basicamente pede, milhares de vezes, que precisa de um feriado para esquecer os problemas e relaxar. Logo depois segue-se os outros dois singles do primeiro álbum da artista contidos no seu álbum de estreia homônimo, Lucky Star e Borderline embalam os corações apaixonados e mostram como era a paixão nos anos 80. A última faixa para mim, inclusive, figura em uma das minhas favoritas na discografia de Madonna.
No segundo momento do disco, a partir da quarta faixa, Madonna muda radicalmente. Like A Virgin, lançada em 6 de novembro de 1984, lança para o mundo uma artista mais ousada, sem medo de polemizar e radicalizar. Qualquer um que tenha nascido até a década de 2000 ouve os primeiros toques de LAV e reconhece o "hino das virgens". Depois de bancar a virgem, Madonna exalta o consumismo com a divertida Material Girl e conclui que jóias são mais importantes do que o amor (espertinha ela!). Ainda há um espacinho para Crazy For You, uma baladinha fofa, e Into the Groove.

O terceiro momento do disco engloba os singles de sucesso do, também, terceiro álbum de inéditas da Madonna. True Blue, lançado em 1986, trouxe grandes surpresas e não poderiam estar de fora da coletânea da cantora. Live to Tell, a oitava faixa, é uma balada poderosa: a voz de Madonna ecoa grossa e firme na canção a todo momento; o instrumental calmo traz memórias tão estranhas que eu penso até mesmo se elas são verdadeiras ou não. Papa Don't Preach quebrou paradigmas por tratar de temas como gravidez na adolescência e aborto: mais uma vez Madonna é pioneira. Open Your Heart é empolgante e muito boa de cantar; já La Isla Bonita com seus elementos extremamente latinos toca lá no fundo e faz a gente "bailar" até a canção terminar.

No quarto e penúltimo momento da coletânea de êxitos, Madonna nos traz os singles de uma das suas eras mais marcantes e polêmicas. Iniciando com Like a Prayer (do álbum de mesmo nome de 1989), uma canção forte e com um grande coral perto do final da música, Madonna fez polêmica outra vez. O videoclipe trouxe controvérsia religiosa, usando elementos do cristianismo e cruzes queimadas, além de um beijo em um "santo negro". O vídeo fez a Pepsi cancelar a parceria que havia fechado para a promoção do clipe e até mesmo o Vaticano repreendeu as ações de Madonna. Ou seja, titia Madge em seu melhor!
As faixas seguintes passam por Express Yourself, canção de empoderamento feminino e de amor próprio e Cherish, uma balada onde Madonna declara que estará sempre ao lado do seu amado. A canção foi construída a partir de temas de amor e relacionamentos, como Romeu e Julieta.
STRIKE A POSE! No último bloco de singles, Madonna não nos decepciona. Começando com Vogue, que é o seu maior single já lançado, a Rainha do Pop inovou. A canção é da trilha do filme Dick Tracy, que Madonna lançou como "I'm Breathless: Music From and Inspired by the Film Dick Tracy" em 1990. Como todos sabem, Vogue é um marco na cultura pop: sua letra traz grandes ícones de Hollywood e no seu videoclipe Madonna traz a incrível e viciante coreografia da canção. Vai dizer que depois de assistir o vídeo você não tentou várias e várias vezes acerta-la?
A inédita Justify My Love chegou causando no cénario musical. Tudo porque o seu videoclipe foi considerado sexualmente explícito e foi censurado por diversos canais musicais, até mesmo a MTV. Madonna, indignada com a situação se defendeu indo ao programa Nightline e logo depois lançou o clipe em VHS. As vendas foram exorbitantes e o vídeo virou um sucesso, mesmo com o boicote. A música traz batidas envolventes, passando um clima de luxúria e sensualidade, destacando o vocal grave e sedutor de Madonna.
Rescue Me foi lançada com single, mas não foi lançado um videoclipe e não vamos nos alongar com ela. Mas vale a pena escutar.
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1990 - Madonna by Herb Ritts for Immaculate Collection Album Promo |
Ouvindo The Immaculate Collection é fácil entender como Madonna alcançou o patamar da artista viva mais completa da cultura pop. Não são somente hits, são músicas atemporais que marcaram épocas. E é justamente por isso que o nome "Madonna" sempre será lembrado em qualquer coisa que envolva inovação na música pop, é por isso que há comparações com outras artistas. Madonna se tornou a Rainha do Pop pela sua capacidade de reinvenção, de não temer represálias e nem boicotes à sua arte.
Espero que a coletânea marque você, assim como ela me marcou. Lembrando que a reinvenção não parou nos anos 90 não, hein? Tem a década de '00 e de '10 para provar aí!
Então até a próxima edição da Jukebox Pop.
Onde toca música boa. E velha. ;)
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