E aí, pessoal!!!!!
Hoje muitas novidades estão aparecendo no blog e, com elas,
estamos estreando uma nova coluna no Bang3
“pra mostrar cultura pro povo” (risos). É a JUKEBOX POP com o seu novo correspondente (adoro essa palavra),
Cícero Bernar.
Primeiramente vou me apresentar: eu sou Cícero, como eu já
havia dito, tenho 20 anos, estudante de Comunicação Social - Jornalismo e sou
apaixonado por música e cultura pop em geral. Tem coisa melhor? Eu respondo,
acho que não.
Toda quinta-feira
vocês irão entrar numa viagem da boa música pop através dos anos, DAS DÉCADAS,
com uma resenha maravilhosa sobre toda a obra em si - desde o histórico que
envolve a criação do disco até os comentários sobre todas as faixas. É disso
que a Jukebox Pop se trata. Mostrar todas as influências dos álbuns mais
aclamados – e alguns nem tão elogiados – da indústria da música pop e assim
entender qual foi o caminho traçado para os novos artistas que estão surgindo,
como Demi Lovato, Miley Cyrus, Selena Gomez, One Direction, Marina & the
Diamonds e muitos outros.
O nosso primeiro álbum a ser analisado é urban, sexy, “catchy”,
maduro e obsceno. Lançado em novembro de 2003 significou uma mudança radical na
carreira da artista, tanto musicalmente quanto por status de uma das melhores
performers do mundo: IN THE ZONE –
BRITNEY SPEARS.
Antes de mais nada, é preciso situar os acontecimentos da
época na vida pessoal e musical de Britney Spears. Ela estava, definitivamente,
EM TODOS OS LUGARES em 2003 – capas
de revistas, jornais, sites (no início daquela época não era tão avançada
assim, mas relevamos), programas de TV, propagandas.
No ano anterior lançou o seu primeiro – e até então, único –
filme para as telonas, “Crossroads – Amigas para Sempre”, terminou a sua imensa
turnê “Dream Within A Dream” que começou em 2001, além do término conturbado
com Justin Timberlake. Já no ano seguinte se preparava para um performance
épica no MTV Video Music Awards ao lado de Christina Aguilera e ninguém menos
que Madonna, a Rainha do Pop.
A Rainha do Pop também estava nos holofotes, mas não de uma boa
forma. Lançou o seu polêmico álbum “American Life” criticando o governo dos
Estados Unidos da América e isso se reverteu na sua pior vendagem até aquele
ano. Ela definitivamente precisava de algo que fizesse os EUA esquecer isso – e
o que é melhor do que juntar-se com as duas maiores revelações do pop dos anos
2000? Assim surgiu o beijo onde Madonna “passava o cetro” para Britney na
primeira performance da noite no VMA ’03.
Britney procurava novos sons para “limpar” os seus dias de
pop-chiclete e assim investiu desde o house, passando para o pop urban, o hip-hop
e o trap-hop. Uma grande mistura totalmente inesperadas fez do disco um dos
mais marcantes da sua carreira, com instrumentalização baseada em sons
eletrônicos, cordas, guitarras, sintetizadores e até mesmo violinos
“processados” que lembram sons vindos do Oriente Médio.
Esse, talvez, seja o álbum em que Britney mais se envolveu
tanto espiritualmente, musicalmente e sexualmente. De músicas sobre amores,
danças, sexo e até mesmo à masturbação feminina.
A partir dali, Britney convidou Madonna para uma colaboração
no seu quarto álbum de estúdio. Uma faixa dançante, épica, considerada uma das
maiores colaborações femininas de todos os tempos.
Me Against the Music é contagiante do começo ao fim. É um convite das duas artistas para a pista de dança. Desde os primeiros acordes rápidos até os backing vocals dá para sentir a energia e a identidade do disco em questão. A faixa é o primeiro single do In the Zone e é algo totalmente diferente de tudo o que Britney fez nos seus três álbuns anteriores.
Por conter Madonna é, talvez, um dos momentos mais significantes da cultura pop
na década passada e até mesmo em toda a história.
A faixa, apesar de segurar o ouvinte e fazer você se
atrapalhar nos versos – sim, eu tentei muitas vezes cantar e nunca consegui -,
foi algo meio que “feito às pressas”. As partes de Madonna foram gravadas após
o VMA e Britney já tinha a faixa-demo. A Rainha simplesmente incrementou e
compôs alguns versos para tornar a música completa.
“Estou contra o alto-falante, tentando dominar
a música/É como uma competição, eu contra a batida/Quero entrar na área, quero
entrar na área.”
A faixa ainda ganhou um videoclipe incrível, onde fazem menção ao beijo dado belas duas. Ouça Britney e Madonna “contra a música”:
02. I Got That Boom Boom
(feat. Ying Yang Twins):
Britney definitivamente tem aquele “boom boom”: a segunda faixa do álbum, em colaboração com os rappers Ying Yang Twins é, provavelmente, uma das mais inspiradas nos sons urban e underground. É difícil casar o pop tão bem com o hip-hop como a canção fez. Com elementos mais orgânicos e divertidos, a faixa se torna um dos momentos mais dançantes de todo o disco.
Ouça:
"Eu realmente não quero ser uma tentação / Mas você poderia abrir meu zíper, por favor?
Britney quer confrontar o seu parceiro de qualquer forma e não importa se eles terminarem, podem até mesmo voltar e dançar a noite inteira. Britney quer brincar de gato e rato, sensualizar e enlouquecer. É quase uma primeira parte do Blackout inserida no In the Zone.
Não tem muito o que descrever sobre a faixa, mas posso dizer algumas palavras que se encaixam na definição – SEXY. BRITNEY. Tire suas próprias conclusões! Ouça:
Afaste as crianças da sala e venha para o momento mais gostoso do álbum. Breathe On Me totalmente inspirada no trip-hop é em downtempo (lenta), batidas que vão desacelerando de acordo com o andamento da música. Traz uma atmosfera sexy, psicodélica, relaxante, extremamente GOSTOSA.
Os vocais de Britney sussurrantes beiram ao orgasmo auricular, te elevam, brincam com a sua mente... Caramba. A sintonia da música é tão boa que Britney canta “não precisamos nem nos tocar, só respire em mim”.
Definitivamente é aquela canção que você pode ouvir de todas as formas, todos os dias e ainda vai sentir a mesma leveza. Britney te ergue, faz você flutuar e torna a execução da música um momento mágico e totalmente sexy. Ouça (e veja a performance, porque essa música realmente merece):
05. Early Mornin’:
Em Mornin’ Britney não quer sair da festa até começar a amanhecer. Ela ronca, sussurra, boceja e traz seus vocais suaves e harmoniosos para uma noitada numa night club. Simplesmente hipnotizante!
“Eu vou acender o seu fogo, seu único desejo/Me puxe, querido e eu te levarei ás alturas/Primeiro você tenta.. /Então venha aqui e vamos lá, então”.
Ouça:
06.
Toxic:
O destaque e boom da carreira de Britney não poderia ser menos que uma música bem tóxica. Toxic é o que se define uma música pop perfeita em todos os sentidos, sejam eles de instrumentalização, vocais, harmonia, empolgação. E me diga, quem nunca ouviu Toxic? Quem nunca reconheceu essa obra-prima na balada ou até mesmo nas playlists de algum amigo? Isso é pop puro!Bom, não é exatamente tão puro assim. A canção é dance-pop, misturada com elementos da música de Bollywood, tambores, sintetizadores e guitarras (que em versões ao vivo ficam muito melhor). O segundo single, inicialmente, foi oferecido para a cantora australiana Kylie Minogue, mas ela recusou e Britney – como uma flecha – conseguiu adquirir a canção para o seu álbum. O que fez muito bem, não dá para imaginar Spears sem o seu maior hino.
Sexy, confiante, energética e divertida, Britney canta sobre o seu amante tóxico e a forma como ele a deixa intoxicada (“Me intoxique, agora / Com seu amor, agora / Acho que estou pronta”). A música não pode ser citada sem lembrar o seu videoclipe e suas performances que complementam toda a experiência visual. O polêmico videoclipe, que trazia Spears nua coberta apenas por diamantes, além das cenas de perseguição ao amante tóxico, foi considerado impróprio por diversos canais especialistas em música.
Então, não quer ser intoxicado pelo poder da Britney? Clica nos vídeos e divirta-se:
07.
Outrageous:
Um amigo que morava comigo já tomou vários sustos ao acordar com essa música. O motivo: eu a uso como meu despertador. Outrageous, o quarto e ÚLTIMO single do In the Zone, foi escrita por R. Kelly como uma homenagem a vida ligada à fama de Spears. A letra fala sobre materialismo (ostentação mesmo ou você acha que apenas Work Bitch tem esse cunho?). Ela começa de repente, numa tacada só, não há uma introdução. Suas batidas convidativas entram em cena e se prepara porque você vai se entregar a elas. Não tem escolha.
A canção é muito influenciada pelo R&B, pelo hip-hop e ritmos exóticos (perceba em alguns determinados momentos do instrumental se não há uma flauta tocada de forma diferente), coisas que R. Kelly entende muito bem. É aquele tipo de música que torcemos para que Britney invista mais uma vez.
https://www.youtube.com/watch?v=ORa8JQfd-sE
O PONTO ALTO DA CANÇÃO: a brigde da música, ou a ponte que liga ao refrão final. Os versos são maravilhosos e quebra o ritmo caótico e o transforma em leves e suaves sons (“Só quero ser feliz/Em um lugar onde o amor é de graça/Você pode me levar lá?”).
Infelizmente a música é considerada uma espécie de karma na carreira de Spears. Escolhida como música tema do filme de 2004 Catwoman, Britney fraturou o joelho fortemente enquanto executava a coreografia nas gravações do videoclipe. Assim, toda a promoção do disco foi cancelada e só ouvimos um novo álbum de inéditas em 2007, com o Blackout, em meio a toda aquela confusão que já estamos cansados de ouvir falar.
08.
Touch of My Hand:
Melhor se preparar para uma viagem além do seu imaginário. Touch of My Hand traz Spears desinibida de tabus e “toca” (hahah) profundamente na masturbação feminina e no descobrimento do próprio corpo.
A introdução da música é acompanhada somente por violinos distorcidos, tocados de forma contrária, o que traz a ligação direta com músicas orientais. Spears canta sobre descobrir a si mesma, se fechar para o mundo para, então, se libertar e voar sem controle.
“Eu me amo e isso não é um pecado/Eu não posso controlar o que está acontecendo/Pois eu acabei de descobrir/A imaginação tomou conta/Outro dia sem um amante/Além do mais, eu estou entendendo/O toque da minha mão”.
Britney se liberta de estigmas sociais e diz “eu posso me satisfazer sozinha”. E isso é maravilhoso. A atmosfera aconchegante te leva totalmente às alturas – e algumas vezes você pode até querer embarcar nessa aventura com a Brit, só avisando... Ouça e liberte-se:
Mas não deixa de ser uma canção legal. Ela fala sobre as contínuas lembranças do amado que se foi. Não digo que é ótima, porque Britney tem baladas muito melhores (inclusive uma está no final da versão standart do desse mesmo disco, sabe de qual estamos falando, não é?).
11.
Brave New Girl:
Aqueles casos em que nos perguntamos: PORQUE, FULANA? PORQUE?????? Eu nunca entendi o motivo dessa faixa estar presente no antigo testamento do pop em áudio (risos). A música não tem nada a ver com a proposta musical do disco, é bubblegum-pop com electro-funk misturado com versos cantados quase em rap e totalmente autotunados. Mal se ouve a voz de Spears.
Britney canta sobre uma garota que quer sair e descobrir o amor. A proposta é linda, já a música... Vale pela nostalgia, eu meio que adorava quando era criança. Escute aí:
12.
Everytime:
E o disco não poderia terminar de uma maneira melhor do que com a balada mais famosa e mais linda de Spears. Everytime é a redenção de Britney e, consequentemente, a saída por cima e com dignidade do término com Timberlake (que optou por uma canção acusando-a de traição e um videoclipe com uma sócia, falaremos sobre isso numa outra quinta-feira).
Britney canta de maneira sussurrada pedindo perdão por todos os erros que cometeu no relacionamento, totalmente seguida pelo belíssimo toque de piano. A balada pop foi extremamente bem elogiada pelos críticos que viam ali uma maturidade em Britney que nunca haviam visto antes.
Ela canta de modo frágil, pura e sensível. É quase como se ela estivesse chorando enquanto canta, é incrivelmente linda.
O videoclipe retrata temas com o reencarnação, com uma luz fraca, frágil. Totalmente diferente de tudo o que Spears havia feito nos seus vídeos. Um grande marco na carreira da jovem cantora. Ouça e emocione-se:
https://www.youtube.com/watch?v=IS5WPnRLCs8
Bem, aqui acaba a nossa primeira edição da Jukebox Pop. Que orgulho!! Espero que todos vocês tenham gostado e não se esqueçam, toda quinta tem um novo artista e um novo/velho álbum. É a minha primeira vez aqui, então sejam bonzinhos e não me atirem muitas pedras. Algumas críticas já valem.
Lembrando que você também pode pedir um álbum do seu interesse. Seja de alguém que você gosta, ou algum disco que você ainda não escutou. Não importa o artista, é só escolher e faremos.
Um beijo, se liguem aqui no Bang 3! ;)
Ela canta de modo frágil, pura e sensível. É quase como se ela estivesse chorando enquanto canta, é incrivelmente linda.
O videoclipe retrata temas com o reencarnação, com uma luz fraca, frágil. Totalmente diferente de tudo o que Spears havia feito nos seus vídeos. Um grande marco na carreira da jovem cantora. Ouça e emocione-se:
https://www.youtube.com/watch?v=IS5WPnRLCs8
Bem, aqui acaba a nossa primeira edição da Jukebox Pop. Que orgulho!! Espero que todos vocês tenham gostado e não se esqueçam, toda quinta tem um novo artista e um novo/velho álbum. É a minha primeira vez aqui, então sejam bonzinhos e não me atirem muitas pedras. Algumas críticas já valem.
Lembrando que você também pode pedir um álbum do seu interesse. Seja de alguém que você gosta, ou algum disco que você ainda não escutou. Não importa o artista, é só escolher e faremos.
Um beijo, se liguem aqui no Bang 3! ;)
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